O presente glossário nasce da disciplina “Estudos Sociais da Ciência e Tecnologias: Feminismos, Menstruações e Direitos Reprodutivos”, ofertada pelo Mestrado em Divulgação Científica e Cultural do Labjor/Unicamp. A iniciativa visa reunir, de maneira alguns conceitos debatidos ao longo do semestre. O glossário é multimodal: textos curtos convivem com imagens, vídeos e hiperlinks.
Crítica ao uso de dados corporais coletados por apps de ciclo menstrual, que transformam corpos em dados de mercado.
Dispositivo de silicone reutilizável para coleta do sangue menstrual. Representa uma alternativa ecológica e de autonomia corporal, mas também levanta questões sobre acessibilidade, conforto e desigualdades de gênero e classe.
Conceito do Jarê que expressa a vulnerabilidade espiritual do corpo menstruado, articulando cuidado e respeito em contextos afro-indígenas.
Direito à visibilidade, ao cuidado e ao respeito de corpos menstruantes.
Prática feminista e decolonial de cuidado ginecológico, centrada em saberes populares e autonomia corporal.
Movimentos de cuidado autônomo que unem biohacking, arte e resistência política.
Categoria que denuncia as desigualdades estruturais que atravessam os direitos sexuais e reprodutivos.
Pode ser compulsória ou uma escolha ativa, afetiva, política. Não se trata de aceitar, mas de ver. E depois de ver, cantar com a voz de quem quer acertar.
Denuncia a exclusão do sangue menstrual das pesquisas biomédicas.
Práticas de cuidado ancestrais, principalmente entre mulheres quilombolas e rurais do Cerrado.
Desconstrói a associação exclusiva entre menstruação e mulher cis, incluindo outras experiências menstruantes.
Este verbete foi removido por não estar de acordo com normas. Falava sobre cheiros. Sobre prazer. Sobre fluxos inesperados.
Poliana Martins é amante da poesia e mulher cis, negra e mãe. Jornalista especializada em ciência e mestranda em Divulgação Científica e Cultural (Labjor – Unicamp). Investiga divulgação científica em mídias negras e atua como membro do grupo de pesquisa Comunicação, Decolonialidade e Interseccionalidade. Por mais de uma década, trabalha como assessora de imprensa e produtora cultural, promovendo a divulgação de resultados de trabalhos, produções audiovisuais, musicais e pesquisas sobre justiça racial e igualdade de gênero. E-mail: polianapreta@gmail.com
Revista Sangro
Labirinto, Labjor, Unicamp
Junho de 2025